quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Na Ubatuba de Eduardo César, transição nanica



O prefeito de Ubatuba, Eduardo César - ele ainda é o prefeito, chefe do Poder Executivo Municipal, com todas as responsabilidades inerentes ao cargo -, a despeito de ter declarado intenção de facilitar o processo de transição administrativa para a posse do novo prefeito, Maurício Moromizato, na prática nada fez, até o dia 31/10/2012. Conforme matéria publicada pelo jornal Imprensa Livre em 1 de novembro, o prefeito eleito precisou atuar "por fora", coletando dados do site do Tribunal de Contas, conversando com a Câmara Municipal sobre orçamento para o próximo ano, protocolando (com base na Lei de Acesso à Informação, algo disponível a qualquer cidadão comum) pedidos de informação sobre contratos (vigência, vencimentos) e situações específicas. Sobre os pedidos legais, revelou um de seus assessores, o Ministério Público, como fiscal da lei, foi alertado. Na entrevista que (por telefone) concedeu à repórter Thereza Felipelli, do jornal Imprensa Livre, disse que "na área da Saúde, tem um grupo trabalhando com "informações sobre a Santa Casa" e que houve também contatos com o Corpo de Bombeiros, comando da Polícia Militar e também com a Polícia Civil, para obter informações sobre a Operação Verão. Quanto à coleta de lixo, não mostrou preocupação, pois "é terceirizada". Mas disse que, de qualquer forma, vai conversar com a empresa. Em tom conclusivo, disse que "é nesse pé que está a transição, a meu ver, infelizmente. Gostaria de ter mais acesso. Mas estamos trabalhando e nos preparando para assumir." Completou dizendo acreditar que até o final de novembro terá um bom diagnóstico da cidade, ainda não completo, "mas já adiantado nas questões mais cruciais, como saúde, segurança, atrações para a temporada, carnaval, merenda (escolar)". Assim, disse como intenção, em dezembro poderá definir ações e conversar politicamente sobre a ocupação do governo municipal. Completou afirmando que "quem venha a assumir comigo, venha sabendo o que vai fazer e não imaginando o que deve ser feito".

Maurício, que é esperto sem ser politicamente nanico, não disse nomes, porque quer divulgá-los de uma só vez: "Não quero isso em conta-gotas". Mas assegurou que todos os partidos que o apoiaram têm representante na transição e que todo o processo está sendo feito com seus aliados.
Nesta semana, alguma coisa mudou: o prefeito ainda Sua Excelência Eduardo César, que havia se negado a nomear uma equipe de transição, ao menos nomeou uma das pessoas de sua confiança, ligada ao seu Gabinete, Geraldo Rufino, para atender demandas da transição.

Sua Excelência Eduardo César - ele ainda é o prefeito - coroa sua medíocre administração, norteada por princípios os mais nanicos da política de pê minúsculo, com o desavergonhado gesto de dificultar o acesso ao novo gestor a informações fundamentais para a continuidade administrativa. Uma fundamental informação, é de se ter certeza, será dificultada: qual o real estado do caixa municipal, com qual liquidez poderá contar o prefeito eleito, cuja posse será em 1 de janeiro de 2013.

Jornaleco
A internet é uma m&rd@, facilita verificar plágios e corrupções. Basta verificar (clique no link em azul) no buscador do São Google. E, depois (ou antes, tanto faz) aqui...
Então o material para comparação estará pronto, o que está escrito na página "O Editorial" do jornaleco, e a matéria original, que implicou em trabalho intelectual e está assinada. Sobre "Editorial", não é o caso de me alongar, já escrevi sobre isso.

A opinião ora dita como "O Editorial" "Publicado em 29/10/2012 às 09:42 por Jornal Agito" é uma descarada cópia do que foi escrito por José Antonio Parimoschi, Administrador, Secretário (na época) de Finanças de Jundiaí (SP), e publicado na Revista Finanças dos Municípios Paulistas - ANO 6 - 2008.
Veja-se: o mesmo São Google que agora uso pode ter sido a fonte do "Editorial" do jornaleco.

É bom consignar: não se pretende a extinção do jornaleco, mas sim que, deixando de ser armazém de secos e molhados, assuma posição no mundo da mídia, mostrando amor por Ubatuba, tornando-se veículo de comunicação com mais qualidade, e não um esculacho para conspurcar a imagem da cidade, como faz hoje. Soa patético quando algum pau-mandado do patrão põe-se, descaradamente, a defender em tese o novo governante municipal, quando assaca bobagens contra quem nem conhece (conhecesse, não escreveria tão homéricas bobagens), só para garantir uma suposta isenção: "Cem dias - Os “cornetas de plantão” já começaram. Só falta eles estarem querendo até o dia dez de abril, duas escolas, um hospital e um teleférico ligando a ilha Anchieta a praia Grande. Eu só não acho que esse cara “bebe”, como também fuma, um baseado é claro."

É passar recibo? É. É reconhecer que o jornaleco tem leitores. É para deixar claro que Ubatuba não merece posturas como a do jornaleco, de seu patrão e de seu lacaio. E nem merecem tamanha desclassificação os habituais colunistas locais que comprometem nome e imagem com associação a tal jornaleco, "Povo da Cultura" incluso.

- texto publicado originalmente na Revista Eletrônica O Guaruçá, em 08/11/2012