Oito de março é o Dia Internacional da Mulher, em homenagem a todas as valentes mulheres que suportaram o insuportável, foram covardemente assassinadas, queimadas vivas por algum covarde capitalista que negava a elas qualquer direito, que lutam até hoje por trabalho, igualdade e justiça, que lutam até hoje para serem aceitas pelo que são: pessoas, humanas, pessoas humanas. A data, oito de março, foi adotada pela ONU em 1977, com direito a ampla controvérsia sobre fatos históricos. Hoje há a busca de um consenso de que a data, talvez arbitrariamente definida, e sem reducionismo a um único fato, representa todo o conjunto de martírios pelos quais passaram as mulheres em busca, fundamentalmente, do direito ao trabalho digno.
É um dia de luta, muito mais do que um dia para comemorar. Para quem pensa que a luta das mulheres é uma luta já ganha, falei, num adendo, sobre uma mulher muito jovem, criança ainda, Malala Yousafzai.
Oito de março, dia de luta das mulheres, é também um dia para comemorar, o nono ano de um sirizinho combativo. O Guaruçá, sirizinho valente, tem algo de mulher, com toda a certeza, porque também é conhecido como maria-farinha, nosso Ocypode albicans, ou mesmo Ocypode quadrata, como disse um colunista de primeira hora, Herbert Marques: "Ocypode para os entendidos é palavra grega e é dada aos caranguejos de um modo geral porque significa aquele que têm pés ágeis. Nosso GUARUÇÁ, certamente nome definitivo do nosso diário, terá pernas ágeis para andar por aí a informar, alegrar, fofocar. Conte comigo."
Oito de março, dia de luta das mulheres, é também um dia para comemorar, o nono ano de um sirizinho combativo. O Guaruçá, sirizinho valente, tem algo de mulher, com toda a certeza, porque também é conhecido como maria-farinha, nosso Ocypode albicans, ou mesmo Ocypode quadrata, como disse um colunista de primeira hora, Herbert Marques: "Ocypode para os entendidos é palavra grega e é dada aos caranguejos de um modo geral porque significa aquele que têm pés ágeis. Nosso GUARUÇÁ, certamente nome definitivo do nosso diário, terá pernas ágeis para andar por aí a informar, alegrar, fofocar. Conte comigo."
O Guaruçá, cujos primeiros textos foram do Sidney Borges, do Eduardo Souza (amigo que não conheci em vida), da Luana Camargo, tem algo de mulher. Não que tenha problemas com a definição de gênero. É que sua valentia tem tudo a ver com a valentia das mulheres, seres que, contra tudo e contra todos, se impõem pelo que são: meigas, cuidadoras, doces, delicadas, valentes, bravas, brabas às vezes, nos dão sopapos (figurados, quando as provocamos), críticas sempre. O Guaruçánão tem preconceitos. Dá espaço às mulheres, para crônicas, poemas, comentários e críticas (de direita, de esquerda), de jovens, maduras, velhas. Nosso valente sirizinho não as discrimina por nada. E as homenageia nesta data: o editor, Luiz Roberto, confidenciou-me que a revista diária O Guaruçá já estava pronta de véspera, mas que ele esperou o Dia Internacional da Mulher para lançá-la, em despudorada homenagem. Desde então o editor (hoje é cult falar em publisher), nestes nove anos, jamais falhou um dia sequer - graças ao seu esforço pessoal, a única pessoa que realmente sabe a trabalheira necessária para isso.
Desfilaram aqui pela nossa oca eletrônica, como chamo a revista, muitas mulheres, inclusive Marlene, a minha especial mulher, amada, cujo primeiro texto, fazendo referência ao caso hoje, no dia de hoje, que está na moda, do goleiro Bruno e do assassinato de Elisa, foi sobre "A supremacia do macho".
Homenageio agora as mulheres da minha vida, minha avó materna, Josefa, que me chamava de "Écho" e que me ensinou um pouco de italiano - e, em contrapartida, ensinei-a a ler um pouco em português, antes que ficasse completamente cega -, minha mãe, Isabel; a mãe dos meus dois filhos mais velhos, Rosa; a mãe das minhas duas filhas mais novas, Marlene, e - fora o Juliano, o filho homem - as mulheres minhas três filhas: Tatiana, Ligia e Elka.
Rememorando
Tenho escrito nos últimos tempos sobre a Santa Casa de Ubatuba, sem muito conhecimento de causa do passado da instituição, e mais focado no presente, no que acontece hoje, mas sem prescindir de tudo aquilo que os colaboradores de O Guaruçá escreveram ao longo do tempo, inclusive Herbert Marques, que compareceu à nossa revista eletrônica na sua edição inaugural. Em uma reflexão sem paixão, ele disse que "A Prefeitura poderia muito bem pagar, pelo menos o rombo que ela propiciou em sua desastrada intervenção. O resto talvez desse para ser absorvido por uma administração séria e competente. Que tal procurarmos essa administração?"
Herbert Marques disse isso em julho de 2010. A pergunta continua atual.
Arrelá, mulheres e nossa oca eletrônica
Como diz o Julinho, arrelá! Arrelá mulheres de Ubatuba e do mundo inteiro! Arrelá, nosso sirizinho O Guaruçá!
- texto publicado originalmente na Revista Eletrônica O Guaruçá, em 08/03/2013
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário