segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Os carros-discoteca em Ubatuba


http://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=27396
Cristiane,
Concordo com o presidente da ACIU, quanto aos carros-discoteca. Mas discordo que a falta de repressão tenha a ver com o contingente pequeno de policiais. Outras cidades, com os mesmos problemas de contingente insuficiente, resolveram esse problema. Cito exemplo que conheço: Assis, no sudoeste de São Paulo. Depois de anos convivendo com o problema, a vontade política uniu Prefeitura, Polícia Civil e Polícia Militar e, subsidiariamente, a Guarda Municipal, a partir de reclamações encaminhadas pelo Conselho Comunitário de Segurança. A verdade é que, naquela cidade, foi a iniciativa pessoal do prefeito que deu impulso à solução. Ele exigiu um "basta" à situação, argumentando que não seria necessário colocar todo o contingente o tempo todo para acabar com o problema. Bastaria uma bem articulada operação entre os agentes de segurança, bem como ampla divulgação pela mídia, para que, a partir de poucas apreensões de veículos, o problema acabasse, pelo efeito amplificador da divulgação das punições. Mas, para isso, foi necessário um período (curto) de "tolerância-zero", inclusive quanto aos "filhinhos de papais" - e aí está uma questão importante: nem todos os carros-discoteca são de turistas ocasionais. O quanto Ubatuba está disposta a enquadrar seus próprios moradores mal-educados? Apenas como complemento, a medida não impede que os aficionados do som automotivo realizem, anualmente, um grande encontro regional no recinto de exposições da cidade (que fica em lugar bem afastado de áreas habitadas), com direito ao som e ao volume que seus ouvidos aguentarem.
Saudações,
Elcio Machado
- texto publicado originalmente na revista eletrônica O Guaruçá

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