quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ubatuba: 35 mil doses de vacina contra gripe H1N1

Informação
A estimativa da Superintendência de Proteção à Saúde de Ubatuba é de aplicar cerca de 35 mil doses de vacina contra a gripe A (H1N1), em todas as cinco etapas previstas na campanha nacional do Ministério da Saúde. Na primeira etapa, entre os dias 8 e 19 de março, foram vacinados aproximadamente 600 trabalhadores da saúde, todos da rede pública. Segundo o superintendente de Proteção à Saúde, o biólogo Neílton Nogueira de Lima, ainda não há definição do Ministério quanto à vacinação dos trabalhadores da rede privada.
As vacinas, fornecidas pelo Ministério da Saúde aos Estados, são repassadas aos municípios através de centros regionais. Semanalmente, as destinadas a Ubatuba são retiradas em São José dos Campos. Posteriormente, são repassadas às Unidades de Saúde da Família - USFs, onde ficam armazenadas em geladeiras, em temperaturas entre 2 e 8 graus. Esse sistema permite que as Unidades ofereçam a vacina diariamente, durante todo o expediente. No entanto, algumas USFs, como é o caso do Camburi, não são equipadas com geladeiras e, nesses casos, as vacinas são aplicadas mediante agendamento, já que sua conservação ocorre em recipientes térmicos. De acordo com o superintendente, a rotina é a mesma das outras campanhas de vacinação, já consolidadas no município.
A origem das vacinas é variada. Os indígenas e os trabalhadores da saúde, imunizados na primeira etapa, receberam doses das vacinas produzidas pelo Instituto Butantã. Os lotes para a segunda etapa são de vacinas importadas da França, fornecidas pelo Laboratório GSK. Essas vacinas francesas contêm um adjuvante que causou alguma dúvida inicial, se poderiam ou não ser aplicadas em gestantes. Segundo Neílton, o Ministério da Saúde, em nota técnica, liberou sua aplicação em gestantes. Há também lotes de uma terceira marca, vacinas também importadas da França. Todas, no entanto, têm a mesma eficácia para imunizar contra a gripe A (H1N1) (a "gripe suína"), segundo o superintendente.
Apesar de estar prevista a disponibilização de 35 mil doses para Ubatuba, o número efetivo de aplicações pode variar, já que o sistema público de saúde não tem informações exatas sobre o número de portadores de doenças crônicas. Como meta, segundo Neílton, Ubatuba deve vacinar pelo menos 80 por cento dos grupos focados pela campanha nacional, nas várias etapas.
Dia 22, começou a vacinação de gestantes, crianças com idades entre seis meses e dois anos, além de portadores de doenças crônicas. Essa etapa vai até o dia 2 de abril, nas Unidades de Saúde da Família e na Unidade Central. Dia 5 de abril, e até o dia 23, serão imunizados os adultos saudáveis entre 20 e 29 anos. Entre 24 de abril e 7 de maio serão vacinados os idosos com 60 anos ou mais, se portadores de doenças crônicas. Essa fase será concomitante à campanha de vacinação de idosos contra a gripe comum. A última etapa imunizará os adultos saudáveis de 30 a 39 anos.
Depoimento
Nesta segunda-feira, fui tomar minha vacina, por ser portador de doença crônica. Não havia fila na USF do Perequê-Mirim e fui prontamente atendido pela enfermeira Áurea, que providenciou também um documento que me faltava: a carteira de vacinação.
Ela retirou a vacina de um pequeno frasco de isopor, o que me chamou a atenção, em vista da explicação que o superintendente Neílton havia me dado. No entanto, segundo a enfermeira, esse é mesmo o procedimento adequado: o estoque principal fica na geladeira e, para evitar que ela seja aberta a todo o momento, as doses com previsão de aplicação para o período ficam armazenadas na caixinha de isopor, que é dotada de um termômetro. A vacina, conforme verifiquei no termômetro, estava a 6 graus.
Por acaso, fiquei conhecendo na USF do Perequê-Mirim outra superintendente, a de Atenção Básica, a enfermeira Sheila da Silveira Barbosa. Havia conversado com ela ao telefone, sobre a ausência de médico na USF do meu bairro. Mas esse é outro assunto.

-Texto originalmente publicado na revista eletrônica O Guaruçá

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